sexta-feira, 29 de junho de 2012

Sensação espasmódica


ah, onda como um espasmo freático! arrancando gozo dos meus lombos e incômodo no meu períneo.
frêmito este à cintura dos mamilos rijos e rosados que querem se encher de leite e não podem...
quem me dera verter um rio de humores corporais como uma mamífera gorda e prenhe
e que as minhas tetas doessem e inchassem, sanguíneas e purulentas
ah, a aleitar dum leite rosé e agridoce garotos brancos e impúberes e tocar seus membros minúsculos lascivamente como uma mãe ou um pai...

(aquele João que por hora entretém-se com o laptop no segundo andar desse prédio beira-orla de Icaraí e que vejo da janela do ônibus servia para esse fim...)

ah, e esses que trazem sempre umas porras duns fones grudados às orelhas
e se exercitam nos aparelhos dispostos no calçamento
com seus pelos que mal adolescem...
...ir por eles através como a música que os embala...
uma alma convertida em dados numéricos que corre nos fios como o sangue corre nas veias, e acalora os músculos, e faz fricção das cartilagens entre osso e osso...
os que correm nos passeios, suados, com shorts curtos
cujas pirocas se sobressaltam tresloucadas
na dinâmica motora
da sua atividade

5 comentários:

  1. ah! como eu amo tudo isto ... todo este frenesi de volúpia me faz tremer como tremia Gennet ...

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  2. Adorei o título! O texto veio bem concentrado dessa vez... Denso... Como alguns humores... rsrs

    Enfim...

    Um abraço, amigo...

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  3. ai... ô palavra feia "purulenta"
    me passa uma sensação de nojo!
    aff

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    Respostas
    1. É a intenção! ^^
      Como a imagem da fêmea amamentando a cria com leite e sangue.

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